Viagem
- Andreia Chaves
- 13 de abr. de 2017
- 1 min de leitura

Sinto-me bloqueada. Não sei porquê.
Qualquer coisa entalada. Não sei o quê!
Perdida. Sabendo bem onde estou.
Mas para onde devo ir?!
Será que existe um caminho certo e um caminho errado? E o que define cada um deles?
Sinto saudades. Mas não sei de quê.
E "saudade" é uma palavra tão enorme no seu significado.
Detesto o seu sobreuso! Porque "saudade" não é a mesma coisa que que "sentir falta".
E a saudade que tenho, sinto que vem de algo profundo. Das entranhas da alma, que vem e que bate forte.
Confunde-me. Baralha-me. Irrita-me. Acalma-me. Persegue-me.
Parece que me vai rasgar num segundo, e no momento a seguir cura.
Faz o jogo do "gato e do rato", espreitando, dando o "ar da sua graça" e indo embora a seguir.
Não sei para que se prepara, nem para o que me prepara.
Isto é uma viagem, que ainda agora começou e no entanto já se sente tão longa.
Faz-me sentir velha, cansada, esgotada, dorida, marcada, farta, triste, alegre, com vida, confusa!
Não entendo. Não me entendo.
A única certeza é de que a mesma já não sou.
Algo morreu. Algo nasceu. Algo renovou.
O que foi, o que é, e o que vai ser.
Vou trilhar, palmilhar, e explorar.
Vou descobrir. Vou-me descobrir.
Não renasci. Nasci!
Eemnes, 09/04/2017
01:09am
Andreia Chaves
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